terça-feira, 29 de setembro de 2009

Profissão - Treinamento em alta


Novo centro de treinamento de motoristas de caminhão, em Ponta Grossa/PR, se propõe a atuar na qualificação de profissionais do volante para atender as exigências do mercado e reduzir os acidentes nas estradas.
Mais segurança nas estradas e redução de custos operacionais são resultados conhecidos do investimento na qualificação do carreteiro. Os transportadores sabem disso e buscam no mercado profissionais capazes de tirar o melhor proveito do que podem oferecer os caminhões atuais. Como há falta de motoristas que atendam as expectativas do mercado, o jeito, então, é preparar profissionais e dessa necessidade surgem escolas focadas no treinamento. A mais recente foi inaugurada em Ponta Grossa/PR, por meio de parceria entre o Sindiponta, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Ponta Grossa/PR, e o Centro de Educação e Tecnologia no Transporte do Brasil (Cetteb).

O Sindiponta fornece o espaço em sua sede, montada em terreno de 39 mil metros quadrados às margens da Rodovia do Café (BR-376). As salas de aula já estão em operação, mas há planos para construir laboratórios de mecânica, gerenciamento de pneus, rastreamento, carga e descarga e uma pista de treinamento, além de uma “minicidade do trânsito” para que a comunidade, especialmente de estudantes, também possa participar de atividades no local.

“Tínhamos o espaço, só faltava uma escola com bom conteúdo”, disse o presidente do Sindponta, Edis Luís Moro Conche. Já o Cetteb oferece a estrutura de ensino (instrutores e material pedagógico) e a experiência em educação, pois criou no passado, a partir da iniciativa de empresários do Grupo Brasília, um centro de formação de motoristas fundado em Lins/SP, em 1978.

Com o slogan “Formando motoristas com qualidade de vida”, a metodologia apresentada pelo Cetteb trabalha o desenvolvimento psicológico do aluno, como a auto-estima, valorização pessoal e profissional, e o relacionamento interpessoal e com a família. Wagner Hubyratan Leite, diretor do Centro de Educação, acrescenta que os conceitos psicológicos são fundamentais para alcançar o objetivo estratégico do curso, que é fazer com que o aluno comece a pensar como o administrador do caminhão.

“O aluno se conscientiza da sua importância na sociedade”, resumiu Márcia Calderolli, diretora pedagógica da escola. Em relação às aulas práticas, na ocasião da inauguração da escola, eram feitas em caminhão próprio, um Volvo FH 400, ou nos caminhões das transportadoras parceiras com orientação dos instrutores do Cetteb, que busca parcerias com montadoras, mas não quer ter contrato de exclusividade com nenhum fabricante.

Um dos primeiros alunos na unidade de Ponta Grossa, o motorista Fernando Drulinski, da Transardo, de Carambeí/PR, disse que apesar de seus sete anos de experiência na profissão, percebeu que lhe faltava muito conhecimento ao fazer o curso. “Achei que sabia muito, mas vi que não sei tanto assim”, comentou. Fernando destacou a aprendizagem sobre tecnologia embarcada, as técnicas para melhorar a média de consumo e as aulas que provocam reflexão sobre o relacionamento com os clientes, a empresa e a família.

A parceria Sindiponta - Cetteb foi oficializada em junho passado, em cerimônia que demonstrou a importância do acontecimento para a região. Dezenas de convidados, entre autoridades políticas, transportadores, imprensa e alunos das primeiras turmas, com suas famílias, acompanharam os discursos que enalteceram a necessidade “urgente” de o País ter carreteiros com melhor formação para “reduzir o número de acidentes nas rodovias” e “diminuir o custo Brasil”.

Entre os empresários que apóiam a iniciativa, Isabela Del Pozo, coordenadora de recursos humanos da Del Pozo Transportes, elogiou a parceria Sindiponta-Cetteb. Segundo ela, o conteúdo do curso coincide com o que a empresa busca, principalmente no que diz respeito à segurança. “Somente com a qualificação dos motoristas poderemos reverter a situação de acidentes nas estradas”, disse.

Luis Antonio Galhardo, gerente administrativo da Transmaroni, de São Paulo, que já enviou motoristas para treinamento na unidade do Cetteb de Lins, disse que o curso “superou as expectativas” e que tem a capacidade de mudar a mentalidade dos carreteiros, devido ao foco no aspecto comportamental, que integra a grade curricular, ao lado de aulas de custos, direção segura e econômica, mecânica básica, rastreamento e outras matérias.

O curso do Cetteb tem quatro módulos: Júnior, Médio, Sênior e Doctor. Cada módulo tem 70 horas/aula (sete dias) e preços que variam de R$ 550,00 (curso de qualificação, sem aula prática) a R$ 1.500 (curso de formação, com aula prática, alojamento e alimentação).

GRADE CURRICULAR

Desenvolvimento Interpessoa
lCustos no Transporte
Direção Econômica/Condução Eficaz
Mecânica Básica
Gestão da Qualidade e Meio Ambiente
Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas
Legislação de Trânsito
Responsabilidade Civil e Penal no Trânsito e Contrato de Seguro
Interpretação de Mapas e Guias
Rastreamento Satelital e Celular
Manutenção e Gerenciamento de Pneus
Saúde do Motorista e Drogadicção
Direção Segura e Inteligente
Contatos: 14 3522 2472 – Lins/SP e 42 3223-8953 / 3225-0636
Sindiponta - Ponta Grossa/PR


Fonte: Revista o Carreteiro.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Caminhoneiros autônomos levam a Dilma reivindicações do setor

Eles pediram o refinanciamento dos caminhões dos autônomos e a redução do preço do óleo diesel.
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, recebeu nesta terça-feira (14) o presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Antonio Neto, e representantes do setor de caminhoneiros autônomos. Eles foram relatar à ministra os problemas que estão enfrentando com a crise e pediram o refinanciamento dos caminhões dos autônomos e a redução do preço do óleo diesel, que representa 40% a 50% do custo do frete.
Segundo Antonio Neto, a ministra se mostrou preocupada com o problema, disse que o governo federal não tinha noção do que estava acontecendo e que vai avaliar as reivindicações. A ministra prometeu apresentar uma solução no prazo mais rápido possível, mas ressaltou que a questão do combustível é de difícil solução.
Os caminhoneiros ressaltaram à ministra que 80% dos que compraram caminhões novos, antes da crise, estão enfrentando graves problemas de inadimplência e tendo os caminhões tomados pelos bancos, por causa dos atrasos das prestações. Segundo eles, com a crise, o frete caiu 50% no valor e em volume. Atualmente a oferta de caminhões é superior a de carga disponível. Eles reclamaram também do alto preço dos pedágios em algumas rodovias brasileiras, particularmente em São Paulo.

Satélite ajuda caminhoneiro

Começa a ser implantado nos EUA e na França um projeto que equipa com terminais especiais os caminhões que transportam cargas perigosas, para que possam ser vigiados por satélites.

Um clássico filme francês de 1953, O salário do medo, conta a odisséia de dois caminhoneiros que transportam uma explosiva carga de nitroglicerina pelas estradas de um imaginário país da América Central.

Um filme desses, no futuro, poderá ter cenas extraterrestres - e nem por isso ser ficção científica. É que começa a ser implantado nos Estados Unidos e na França um projeto de equipar com terminais especiais os caminhões que transportam cargas perigosas, como materiais radioativos, para que possam ser vigiados, quilômetro após quilômetro, por satélites semelhantes aos que localizam incêndios na floresta amazônica. Assim, a qual quer momento, as empresas transportadoras e as polícias rodoviárias não só ficariam sabendo a quantas andam veículos e cargas, como também alertariam os motoristas sobre quaisquer problemas no caminho, de modo a evitar acidentes de percurso.

Começa a ser implantado nos EUA e na França um projeto que equipa com terminais especiais os caminhões que transportam cargas perigosas, para que possam ser vigiados por satélites.
Um clássico filme francês de 1953, O salário do medo, conta a odisséia de dois caminhoneiros que transportam uma explosiva carga de nitroglicerina pelas estradas de um imaginário país da América Central. Um filme desses, no futuro, poderá ter cenas extraterrestres - e nem por isso ser ficção científica. É que começa a ser implantado nos Estados Unidos e na França um projeto de equipar com terminais especiais os caminhões que transportam cargas perigosas, como materiais radioativos, para que possam ser vigiados, quilômetro após quilômetro, por satélites semelhantes aos que localizam incêndios na floresta amazônica.

Assim, a qual quer momento, as empresas transportadoras e as polícias rodoviárias não só ficariam sabendo a quantas andam veículos e cargas, como também alertariam os motoristas sobre quaisquer problemas no caminho, de modo a evitar acidentes de percurso.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Condição de trabalho do Caminhoneiro

O senador José Nery (PSOL-PA) disse há pouco, em audiência que examina as condições de trabalho dos caminhoneiros, que os problemas enfrentados pela categoria estão relacionados a uma visão de desenvolvimento em que as conquistas sociais e trabalhistas são vistas como entraves a serem removidos.
- Para os agentes do lucro e da acumulação, os direitos trabalhistas são entulhos autoritários que trabalham contra a competitividade das empresas - salientou.

José Nery vai participar de grupo que vai examinar as condições de trabalho da categoria, inclusive com foco na legislação que trata das atividades de transporte de cargas. O grupo vai contar ainda com a participação do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), que defendeu, em intervenção anterior, a necessidade de se harmonizarem regras aplicadas por países do Mercosul na área de transportes. Segundo ele, caminhões de carga muitas vezes são retidos em países vizinhos porque os veículos não estão aparelhados em conformidade com requisitos locais.