sábado, 6 de dezembro de 2008

Programa Na Mão Certa



Construção de caminhos para o enfrentamento do problema

Organizadas em quatro grupos de trabalho, as empresas participantes do 1º Encontro Empresarial Na Mão Certa realizaram a oficina "Construção de Caminhos". O desafio central foi debater estratégias para transformar os compromissos do Pacto Empresarial em ações concretas e passíveis de monitoramento.

Sete compromissos orientaram a oficina:

  1. Melhorar as condições de trabalho do caminhoneiro, incluir o tema nos treinamentos desse profissional e difundir as boas práticas.
  2. Participar continuamente de campanhas para erradicar o problema.
  3. Estabelecer relações comerciais com fornecedores da cadeia de serviços de transporte que estejam compromissados com os princípios do pacto.
  4. Informar e incentivar seus funcionários a participar de ações para acabar com o problema nas rodovias brasileiras.
  5. Apoiar, com recursos próprios e/ou do FIA – Fundo da Infância e da Adolescência, em parceria com governos e/ou organizações sem fins lucrativos, projetos de reintegração social de crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual comercial ou vulneráveis a ela.
  6. Monitorar os resultados de suas ações e divulgar à sociedade.
  7. No caso de federações e entidades empresariais, recomendar que seus associados observem as práticas do pacto e sejam signatários dele.

O desafio na construção de caminhos é criar ações abrangentes e que atendam os diferentes elos da cadeia produtiva, de maneira a alcançar todos os setores da economia relacionados com a causa.

É uma cadeia produtiva gigantesca, já que mais de 60% de toda a carga que circula pelo país é transportada por meio terrestre. Neste aspecto, melhorar as condições de trabalho do caminhoneiro e sensibilizá-lo para atuar como um agente da causa é considerado fundamental para a realização dos objetivos propostos pelo pacto.

Desde 2004 o Childhood Brasil (Instituto WCF) realiza ações, parcerias e estudos que têm o caminhoneiro como foco central. O primeiro passo foi entender quem é esse profissional, como ele vê o problema e como pode ser sensibilizado de maneira a tornar-se um agente de proteção e de mobilização. Na busca de respostas, foi realizada a pesquisa “A vida dos caminhoneiros brasileiros”, o mais amplo levantamento realizado com motoristas de caminhão no Brasil abordando o tema da exploração sexual de crianças e adolescentes.

A pesquisa apresenta dados precisos de como são as condições de trabalho desse profissional e qual seu relacionamento com o problema. Um dado marcante é que a maioria dos entrevistados se mostrou disposta a participar de ações de enfrentamento à exploração. Contudo, a pesquisa também revela que o caminhoneiro não sabe como agir diante da situação, o que leva à necessidade de organizar ações específicas para esse profissional, principalmente porque cerca de 1/3 dos entrevistados admitiu já ter feito sexo com crianças ou adolescentes.

A realização de ações direcionadas aos caminhoneiros foi um dos principais temas debatidos na oficina “Construção de Caminhos”, bem como as formas de envolver as cadeias produtivas e de monitorar os resultados das ações.

Os participantes do encontro perceberam que se consolida uma grande oportunidade para o setor produtivo incluir em suas práticas de responsabilidade social o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas. Após as reuniões dos grupos de trabalho em torno do tema “Construção de Caminhos”, os quatro grupos apresentaram sua visão do fenômeno e apontaram propostas para seu enfrentamento.

Cada grupo foi identificado por uma cor: azul, verde, vermelho e laranja. Nos próximos dias, um resumo das apresentações estará disponível para download no site do Programa na Mão Certa em link restrito aos signatários.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

SOLIDARIEDADE AO BRAVO POVO CATARINENSE

PARA QUE QUE AJUDAR O POVO CATARINENSE, SEGUE A BAIXO OS TELEFONES DA DEFESA CIVIL DA REGIÃO SUL E DO BRASIL.
SEGUE TAMBÉM AS CONTAS PARA QUEM QUER DOAR DINHEIRO, PEÇO APENAS QUE CONFIRMEM ANTES COM A INSTITUIÇÃO FINANCEIRA A IDONIEDADE DA CONTA, POIS PEGUEI OS NÚMEROS PELA INTERNET NA PAGINA DA DEFESA CIVIL CATARINENSE, MAS MESMO ASSIM NÃO CUSTA SE PRECAVER.

ENDEREÇOS E TELEFONES DA DEFESA CIVIL DA REGIÃO SUL


Rio Grande do Sul

COORDENADORIA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL – CEDEC/RS
Palácio Piratini - Casa Militar Praça Marechal Deodoro s/n°Bairro: CentroPorto Alegre/RS90010-282
Expediente: 08:00h às 19:00h - Plantão 24:00 h
Coordenador:TEN. CEL. PM JOEL PRATES PEDROSO
Chefe da Casa Militar do Governador Sub-Chefe de Defesa Civil:
Cap. Luis Fernando Santos Carlos
Telefones: (51) 3210-4141 / 4164Fax: (51) 3228-6821
E-mail: defesa-civil@casamilitar.rs.gov.br
Sítio: http://www.defesacivil.rs.gov.br/

Santa Catarina

DEPARTAMENTO ESTADUAL DE DEFESA CIVIL – DEDC/SC
Avenida Ivo Silveira, 2320. Bairro CapoeirasFlorianópolis/SC88085-001
Expediente: 13:00h às 19:00 h
Diretor:CAP. MÁRCIO LUIZ ALVES
Gerente de Prevenção:CAP. EDIR DE SOUZA
Telefones: (48) 4009-9816, 3244-0600 Fax: (48) 4009-9877
E-mail: defesacivilsc@sspsc.gov.br
Sítio: http://www.defesacivil.sc.gov.br/

Paraná

COORDENADORIA ESTADUAL - CEDEC/PR
Palácio das Araucárias - Rua Jacy Loureiro
Bairro: Centro Cívico Curitiba/PR80530-915
Expediente: 07:00h às 19:00h
Coordenador: CEL PM WASHINGTON ALVES DA ROSA Secretário Chefe da Casa Militar da Governadoria Telefones: (41) 3350-2609 / 2608 / 2607Fax: (41) 3254-7744
E-mail: def@casamilitar.pr.gov.br - cedecpr@yahoo.com.br
Sítio: http://www.defesacivil.pr.gov.br/


DEMAIS REGIÕES DO BRASIL SEGUE O LINK ABAIXO: http://www.defesacivil.gov.br/sindec/estados/estado.asp?estado=rs


AS CONTAS SÃO:

A Defesa Civil de Santa Catarina alerta a população que deseja colaborar com os atingidos pelas enchentes para tomarem cuidado com falsas mensagens de ajuda, enviadas por e-mail, divulgando números de contas bancárias para depósitos de doações em dinheiro.

De acordo com os técnicos da Defesa Civil catarinense, o órgão não envia mensagens eletrônicas com pedidos de auxílio aos desabrigados. As empresas ou pessoas de outros estados que tiverem interesse em fazer doações para as vítimas das enchentes de Santa Catarina devem entrar em contato com o Departamento Estadual de Defesa Civil do Estado, pelo número (48) 4009 9885. As principais necessidades são de alimentos, água e produtos de higiene pessoal. Os catarinenses devem ligar para 199 ou para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional mais próxima do seu município. É a seguinte a relação das contas para doações:


Banco/SICOOB SC - 756 - Agência 1005, Conta Corrente 2008-7

Caixa Econômica Federal - Agência 1877, operação 006, conta 80.000-8

Banco do Brasil – Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7

Besc – Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0

Bradesco S/A - 237 Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1

Itaú S/A - 341, Agência 0289, Conta Corrência 69971-2

SICREDI - 748, Agência 2603, Conta Corrente 3500-9

SANTANDER - 033, Agência 1227, Conta Corrente 430000052

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Links úteis para os irmãos da estrada

Estes links visam ajudar com informações sobre condições das estradas, distâncias rodoviárias, mapas de cada estado com a malha rodoviária e com o auxílio do google maps, é fácil achar locais e cidades que por ventura alguém não saiba como chegar até lá.


Segue abaixo o link do DNIT sobre as condições das Rodovias no Brasil.

http://www1.dnit.gov.br/rodovias/condicoes/index.htm

Principais distâncias rodoviárias do Brasil.

http://www.aondefica.com/distancias_br.asp

Mapas com versão para imprimir da malha rodoviária de cada Estado.

http://www.dnit.gov.br/menu/rodovias/mapas

Para quem não conhece algum lugar onde quer chegar, aqui é a melhor maneira de se localizar. Dicas passo a passo para se chegar no destino.

http://maps.google.com.br/maps?utm_campaign=pt_BR&utm_source=pt_BR-ha-latam-br-sk-ls&utm_medium=ha&utm_term=mapa%20rodoviario

terça-feira, 25 de novembro de 2008

L U T O

PEÇO DESCULPA AOS LEITORES DO BLOG PELOS DIAS SEM NOVAS POSTAGENS, É QUE PERDI UM GRANDE AMIGO EM UMA PESCARIA EM SANTANA DO LIVRAMENTO E NÃO TIVE TEMPO NEM CABEÇA PARA ESCREVER NADA.
DAQUI ALGUNS DIAS VOLTO A POSTAR NOVAS IDÉIAS E NOTICIAS.

OBRIGADO A TODOS.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

CLASSIFICADOS

Se alguém quiser comprar caminhão ou vender deixe aqui seu anúncio grátis.

Clique em comentários e veja os Caminhões disponiveis ou anuncie o seu.

domingo, 2 de novembro de 2008

Greve!! Seria a solução???

Eu sou totalmente contra greve que tranca trânsito, para rodovias, por mais que estas chamem atenção de todos.

A classe deveria parar de fazer frete e ficar com o caminhão em casa, o tempo necessário para faltar caminhão na estrada e fazer o valor do frete pago a terceiros subir.

Sei que isto não chamará tanta atenção, mas de fato pararia o tranporte rodoviario no Brasil.

Mas isto não dá certo, e sabem porquê?(claro que vcs sabem)

Muitos tem prestação para pagar, tem familia para sustentar, como ficar parado???

O MST só faz baderna, invade terras e ganha salário do governo.(meu ponto de vista)

O Caminhoneiro paga para trabalhar, faz o progresso do país, e quase morre de fome.

Será que não tem nada de errado nisto tudo??????

Mas para esta paralização dar certo até os motoristas empregados teriam que parar.
E quem vai aderir ao movimento???
50% aderem e 50% não.
Ai não adianta. Todos tem de aderir.

Muitas pessoas compram caminhões novos, existem filas em concessionárias para entrega por não haver tanto caminhão em estoque.

Ai pergunto a vocês:

Será que existe mesmo dificuldade em renovar a frota?

Claro que sim, existe muita dificuldade.

Mas para os olhos do governo, todos estão comprando, as concessionárias estão vendendo bem, etc.

Só que quem está comprando, a maioria dos caminhões são as grandes empresas.

Precisamos de uma voz no governo para falar bem alto por nós.
Desde o caminhão utilitário até a Carreta.
Pois quem faz a coleta ou a distribuição das mercadorias para as carretas são os utilitários.
Bom tudo isto é minha opinião particular. O que acham?

Renovação da Frota

Tú achas que é possivel a Renovação da frota de caminhões do Brasil, com nossa política interna???
Deixa teu recado e expõe tuas idéias:

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Reajustes de preços de Jan/Ago 2008

Veja reajuste de alguns insumos (jan/ago) e seu impacto no preço do frete:


Diesel..................................+ 14,66%

Salários.........................................+ 6,06%

Despesas adm. e term........+ 7,08%

Pneus novos.................................+ 1,16%

Reforma de pneus..............+ 8,92%

Óleo de cárter..............................+ 14,50%

Consumo médio de caminhões

Faixas médias de consumo por categoria de caminhão

Categoria Consumo médio

Leves______________5,5 a 7,5 km/l

Médios_____________4,5 a 7,5 km/l

Semipesados________3,5 a 4,5 km/l

Cavalo Mecânico_____1,8 a 2,5 km/l

Fonte: Autodata

Formação de preço do frete no TRC

O mecanismo de formação da tarifa de frete no transporte rodoviário de carga baseia-se em seis componentes básicos:

*Frete-peso

*Frete-valor

*GRIS Pedágio

*Taxas ou Generalidades

*Acréscimos e Decréscimos

FRETE-PESO

Corresponde à remuneração pelo serviço de transporte (custo operacional) entre os pontos de origem e destino. É baseado em tonelada/quilômetro, quer dizer, segundo a distância a ser percorrida e o peso a ser transportado.

FRETE-VALOR

O frete-valor é calculado proporcionalmente ao valor da mercadoria e da distância em que será transportada. Destina-se a cobrir, basicamente, o gerenciamento do risco de acidentes e avarias da carga da origem até o destino final.

GRIS

Recomendada pelo Conet - Conselho Nacional de Estudos de Transportes e Tarifas - órgão consultivo da diretoria da NTC, a GRIS destina-se a cobrir os custos decorrentes do gerenciamento de risco contra o roubo da carga e substitui, desde fevereiro de 2001, o Adicional de Emergência (Ademe), que vigorava há mais de quinze anos. Seu valor de referência nas tabelas da NTC/Fipe é de 0,30%, com mínimo de R$ 3,00 por conhecimento. A alíquota do GRIS pode variar com a faixa de valor agregado, tipo de produto, características de comercialização, maior ou menor possibilidade de identificação das unidades (número de série, lote etc.), grau de risco das regiões compreendidas no itinerário etc.

PEDÁGIOS E MEIOS AUXILIARES DE PASSAGEM

Forma de cobrança: taxa por 100 kg ou fração.
Sempre que houver, no percurso normal para o ponto destino, passagem obrigatória por postos de pedágio, travessia de balsa, chatas, balsas, navios ou utilização de quaisquer meios auxiliares para a passagem do caminhão, os respectivos custos adicionais serão transferidos ao usuário segundo o seguinte critério específico.

TAXAS OU GENERALIDADES

A finalidade das taxas sempre foi cobrir riscos anormais, serviços de documentação ou tributos específicos, necessários à realização do transporte e que não estão relacionados com o volume ou o peso do bem transportado.

ACRÉSCIMOS E DECRÉSCIMOS

As tabelas de fretes, geralmente, são montadas a partir de condições normais de transporte. Quando tais condições não são atendidas na prática ou são necessários serviços logísticos extras, isto gera custos não previstos. Assim acréscimos e decréscimos são aumentos e reduções introduzidos em uma tabela básica de tarifas elaborada para um determinado tipo de serviço, devido a circunstâncias que agavam ou amenizam o custo operacional.
Para ajudar neste repasse foram idealizadas as fórmulas a serem aplicadas sempre que:

· a carga a ser transportada ou as condições de operações exijam a utilização de serviços logísticos não previstos nas tabelas;

· a distorção de custos referir-se à utilização do veículo e seu aproveitamento ou à variação dos riscos do transporte;

a execução ou complementação do transporte exija prazos, equipamentos ou quaisquer recursos não incluídos nos custos normais.



Fonte: FIPE/NTC

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Preços de Fretes Rodoviários no Brasil

Por Maria Fernanda Hijjar

O Brasil é um país fortemente voltado para o uso do modal rodoviário,
conseqüência das baixas restrições para operação e dos longos anos de priorização
deste modal nos restritos investimentos do governo. O cenário de elevada oferta,
poucas exigências para operação e baixa fiscalização levou à redução da qualidade
dos serviços prestados e deprimiu os preços do frete por caminhão.
Este diagnóstico do mercado de transporte rodoviário de cargas no Brasil tem
contribuído para o direcionamento de políticas públicas que disciplinam o setor,
além de alertar os gestores das empresas contratantes de transporte rodoviário para
os riscos de um colapso no sistema.


Entretanto, para os usuários de serviços de transporte de carga, a informação
de que os preços médios do frete no Brasil estão achatados não é suficiente para a
definição de suas políticas de contratação. Tampouco significa que não existem
oportunidades para as empresas embarcadoras reduzirem custos.


Os gerentes responsáveis pela contratação de transporte rodoviário precisam
estar sempre atentos à eficiência na operação interna da empresa e aos parâmetros
do mercado. Neste sentido, é essencial a análise detalhada dos fretes pagos nas
diferentes rotas praticadas. É também importante a análise dos preços pagos
conforme o tipo de veículo utilizado e a comparação destes fretes com empresas de
perfil semelhante. Cabe ainda aos gestores conhecer os custos cobrados pelo
transportador e compará-los com os preços pagos pelo frete.

Para auxiliar as empresas a obterem informações sobre o mercado de
transportes rodoviários no Brasil, o Centro de Estudos em Logística – CEL/Coppead
realiza periodicamente o Painel de Fretes1. Este levantamento tem como objetivo
comparar preços de frete em diferentes rotas e perfis. As informações são fornecidas
pelas empresas industriais contratantes de transporte.

Além das comparações com dados reais de preço pago pelas empresas, são
calculadas, de forma teórica, as tarifas referenciais de frete para cada perfil de
transporte. O valor é baseado nos custos cobrados pelos transportadores para
movimentar a carga.

A seguir serão apresentados alguns dos resultados do levantamento.

Preços pagos nas diferentes rotas

As regiões com maior demanda por serviços de transporte em geral possuem
os preços de frete mais caros. Por sua vez, regiões que aproveitam o retorno dos
caminhões às cidades de origem, após terem realizado suas entregas, obtêm
descontos bastante significativos, mantendo uma média de preços mais baixa.

Um dos resultados obtidos com o Painel de Fretes aponta as variações entre
os preços médios do frete em diferentes regiões do país. Rotas com origem em São
Paulo, por exemplo, costumam ser mais caras do que rotas que se destinam a este
estado. O preço pago pela movimentação de cargas do Rio de Janeiro para São
Paulo é, em média, 34% mais baixo do que na direção inversa. Entre as empresas
participantes do estudo, o valor médio do frete rodoviário de uma carreta fechada
levando carga seca foi de R$ 137/mil ton/km na direção São Paulo-Rio de Janeiro,
contra R$ 91/mil ton/km na direção oposta

Este mesmo fenômeno acontece nas rotas de mesmo perfil entre São Paulo,
Minas Gerais e Paraná. No primeiro caso, o valor médio das rotas entre São Paulo e
Minas Gerais é de R$ 124/mil ton/km, sendo a volta 18% mais barata. No segundo
caso, os embarcadores pagam em média R$ 132/mil ton/km para levar cargas secas
em uma carreta fechada de São Paulo ao Paraná, enquanto o retorno é 19% mais
barato.
Fonte: Painel de Fretes – CEL/COPPEAD (2006)



Esta informação pode ser utilizada em pelo menos dois tipos de ação, uma de
curto e outra de longo prazo, cujos resultados podem culminar na redução dos
custos logísticos das empresas.

A análise de curto prazo aponta para a possibilidade de redução da ociosidade
dos caminhões nas rotas de retorno e, conseqüentemente, de diminuição dos custos
de frete. É papel dos responsáveis pelo gerenciamento de transporte das empresas
embarcadoras e das transportadoras criar parcerias com indústrias locais
interessadas em utilizar a disponibilidade dos caminhões nas rotas de menor fluxo.

Por sua vez, a informação sobre o preço de frete nas diferentes rotas sugere
que, no longo prazo, a empresa pode revisar a sua malha logística de modo a
aproveitar os possíveis ganhos e reduções de custos com frete. É claro que um
estudo para remodelagem da rede logística de uma empresa, envolvendo localização
de fábricas e armazéns, é influenciado por vários outros parâmetros além do preço
do frete rodoviário. Entretanto, a informação sobre o custo das rotas é essencial para
o cálculo do custo logístico total nos diferentes cenários de reestruturação da rede
logística.

Preços pagos conforme o tipo de veículo

O perfil da frota de caminhões utilizada para transporte de cargas é um
componente importante na formação do preço do frete rodoviário.
Comparado ao transporte por carreta, o preço do frete para empresas que
utilizam caminhão truck é 15% mais alto. Por sua vez, um rodotrem, com o dobro
da capacidade da carreta, em geral mantém preços de frete 15% mais baixos.

A pesquisa realizada pelo CEL/Coppead identificou que, para rotas acima de
200 km, empresas que utilizam rodotrem pagam em média R$ 82/mil ton/km; o
bitrem, por sua vez, apresentou um preço médio de frete de R$ 88/mil ton/km. O
transporte nesses dois tipos de veículos é mais barato do que nas carretas que,
considerando a média de todas as rotas realizadas no país, apresentaram valor médio
de R$ 97 para transportar uma tonelada por mil quilômetros.

Assim, quanto maior o veículo, maior será a consolidação de carga e,
conseqüentemente, maior será o ganho de escala no transporte das mercadorias. Os
custos de aquisição e manutenção dos caminhões maiores, embora também sejam
mais elevados, são compensados pelo maior volume de carga transportada numa
mesma viagem.
Os preços de frete se tornam, portanto, proporcionalmente menores.
Quanto a veículos truck ou toco, no Brasil o preço de frete custa, em média,
mais de cem reais para se transportar uma tonelada por mil quilômetros.


Preços pagos x preços teóricos

De forma geral, as grandes empresas contratantes de serviços de transporte no
Brasil possuem um poder de barganha e uma força de negociação alta em relação
aos seus transportadores, especialmente os de menor porte, que atuam em um
mercado de elevada concorrência.

Essas embarcadoras desempenham um papel importante na modelagem do
perfil do mercado de transporte de cargas no país. Se as grandes indústrias
pressionam seus transportadores por preços baixos, em detrimento da qualidade do
serviço, será assim o modelo deste mercado. Por sua vez, se as exigências por
melhores serviços aumentarem, a pressão por redução de preços provavelmente será
menos representativa e o transporte rodoviário poderá melhorar em termos de
qualidade e segurança.

Tarifas Médias de Frete Rodoviário por Veículo


Vale ressaltar, entretanto, que o crescimento econômico do país tem
aumentado a demanda por transportes. Isto significa que se não houver oferta
suficiente, tanto no transporte rodoviário quanto nos modais alternativos, pode
ocorrer uma pressão pela elevação dos preços de frete.

Assim, é imprescindível que as empresas monitorem os fretes pagos no
mercado. Os gestores das empresas contratantes, por sua vez, não devem se limitar à
busca por redução de preços. Devem analisar as oportunidades de ganho de
eficiência e produtividade através do melhor planejamento da ocupação dos veículos
e da melhor definição do perfil da frota utilizada, entre outras ações gerenciais que
possam alcançar reduções na conta fretes, com base na redução dos custos e
otimização da malha.

Analisando-se os preços atuais dos fretes no Brasil sob a ótica dos
transportadores, observa-se o motivo das reclamações desses prestadores de serviço,
que alegam que os preços estão deprimidos.
A Figura 3 mostra a comparação entre os preços reais cobrados no mercado e
as tarifas referenciais (calculadas utilizando-se alguns parâmetros pré-definidos pelo
CEL/Copeead2) que seriam necessárias para cobrir todos os custos e garantir uma
margem de ganho para o transportador.

Importante: estes parâmetros foram utilizados apenas para construção deste exemplo; cada empresa possui características distintas e parâmetros próprios.

No caso do transporte de carga seca por veículos tipo truck e carreta
graneleira/carga seca, o preço médio pago pelo frete no Brasil é mais baixo do que
as tarifas referenciais teóricas calculadas. Este perfil de transporte geralmente possui
forte presença de caminhoneiros autônomos, principalmente na movimentação de
cargas por distâncias mais longas.

O preço abaixo da tarifa referencial significa que a margem do transportador
está reduzida e/ou que nem todos os custos do transporte estão sendo remunerados
de forma adequada. Este cenário traz redução da qualidade do serviço de transporte.
Por sua vez, a movimentação de carga seca em carretas baú ou sider tem
remuneração mais alta. Neste mercado, as distâncias percorridas são menores e a
presença de caminhoneiros autônomos é mais restrita.

Preços pagos conforme o tipo de contratação

Corroborando com as análises realizadas anteriormente, identifica-se que as
empresas usuárias de serviços de transporte que têm como política contratar
caminhoneiros autônomos pagam, em média, um valor mais baixo pelos fretes.
As duas curvas de frete apresentadas na Figura 4 resumem os preços pagos
em R$/ton para diferentes distâncias percorridas.
Elas foram calculadas com informações fornecidas por empresas contratantes de serviços de transporte.

A reta de menor inclinação é a que apresenta os preços mais baixos. Ela
engloba as empresas que têm como política utilizar autônomos em parte ou na
totalidade das movimentações realizadas. Por sua vez, a reta mais inclinada foi
calculada com os parâmetros das empresas que não utilizam autônomos no
transporte de suas cargas.



A escolha do perfil dos transportadores a serem utilizados depende de cada
empresa. Essas escolhas podem ter impacto nos níveis de serviço prestados e nos
custos. É papel dos gestores definir quais os parâmetros de eficiência desejados e
calcular os custos totais de cada perfil de transportador.

Vale ressaltar que os custos totais não são apenas os preços pagos pelo frete, pois os custos com o gerenciamento dos prestadores de serviço contratados também devem ser incluídos.
Em geral, empresas que trabalham com contratações spot e transportadores
autônomos reduzem os preços de frete e aumentam os custos com gerenciamento.
É preciso avaliar, ainda, as oportunidades de melhor aproveitamento dos
veículos em cada perfil utilizado, ações que no médio prazo poderão reduzir os
custos totais de transporte rodoviário.

Considerações finais

Os fretes rodoviários são um componente importante dos custos logísticos das
empresas industriais. Os executivos responsáveis pela gestão de transporte devem
acompanhar regularmente tanto os preços pagos pelo frete quanto os custos
praticados pelos prestadores de serviço. Cabe ainda a tais gestores identificar
oportunidades de reestruturações que aumentem a eficiência e reduzam o custo total.

Como os preços são ditados pelo mercado, é preciso que os gestores
mantenham-se informados sobre as tendências do segmento, comparando os preços
pagos com os de outras empresas que contratam o mesmo perfil de transporte. Vale
ressaltar que as oportunidades de redução de custos no transporte não estão apenas
no controle dos preços de fretes, mas na melhor gestão do uso dos ativos e dos
serviços, mesmo que a operação de transporte seja terceirizada.

Ao mesmo tempo em que os gestores têm como desafio não pagar mais caro
do que a prática do mercado, também devem garantir um padrão mínimo de
qualidade e segurança no transporte.

Por sua vez, é papel do governo prover infra-estrutura necessária para garantir
a oferta de transportes em todos os modais, permitindo a sustentabilidade do
crescimento econômico sem impacto nos custos logísticos das empresas.

Bibliografia recomendada

CEL/COPPEAD. Panorama Logístico – Gerenciamento do Transporte Rodoviário
de Cargas – Práticas e Tendências. Relatório de Pesquisa, 2007.
FIGUEIREDO, K. F.; FLEURY, P. F; WANKE, P. F. Logística e gerenciamento da
cadeia de suprimentos: planejamento do fluxo de produtos e dos recursos. São
Paulo: Editora Atlas, 2003.

Maria Fernanda Hijjar é pesquisadora do Centro de Estudos em Logística CEL/Coppead

1 Empresas contratantes de transporte rodoviário podem participar do Painel de Fretes
CEL/Coppead comparando seus fretes com os das demais empresas participantes do grupo. Mais
informações no site: www.centrodelogistica.org.br
2 Cada empresa possui suas especificidades, de forma que a tarifa referencial pode variar em
função dos parâmetros de cada uma delas. O CEL desenvolveu uma ferramenta automatizada que
possibilita a alteração dos custos dos transportadores utilizados para cálculo das tarifas de frete
referenciais teóricas. Assim, é possível adequar os parâmetros ao perfil de cada empresa. Neste
artigo, foram utilizados alguns dos parâmetros típicos de empresas transportadoras atuantes no
mercado brasileiro.

Saudação aos Caminhoneiros

Hoje eu quero saudar
Todos os caminhoneiros
Que viajam de norte a sul
Encontrando os companheiros...


O caminhoneiro sai para viajar,
Levando consigo a solidão;
Quando volta ele traz,
Saudades no coração.
Transportando as cargas,
Viajando pelo sertão.


Trabalhando, vai-e-vem
Para o progresso da nação.
A família sempre pede
Que Deus o abençoe e guie.
Pede também a proteção


Da doce Virgem Maria.
Quando retorna ao lar
Abençoa a sua família,
Sempre pensando em Deus
Agradece mais um dia.


Que proteja os motoristas
Pelo caminho do bem,
Peço agora ao bom Jesus
E a São Cristóvão também.


(Jacinta de Barros Reis)